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Exame no Útero

As recomendações para exame ginecológico podem variar com base na sua situação médica individual, idade e histórico de saúde. No entanto, manter o acompanhamento ginecológico é crucial para a sua saúde geral!

🩺 A primeira etapa é sempre entender o motivo da realização da histerectomia (cirurgia de retirada do útero), e se suas trompas e ovários permaneceram, ou também foram retirados. Outra informação crucial é saber se o colo de útero permaneceu, ou não. Seu médico cirurgião pode fornecer orientações específicas com base no seu histórico de saúde, razão para a cirurgia e outros fatores pessoais.

🩺 Atenção: a saúde ginecológica não se limita ao útero. O exame ginecológico é fundamental para o seguimento após um tratamento de câncer ginecológico. Mesmo sem o útero, e ainda que não se faça necessária a realização do Papanicolaou, inspecionamos toda a pelve, períneo e canal vaginal. Portanto, é essencial manter exames e consultas de rotina para verificar essas áreas.

Lembrando que cada caso é único, e as recomendações podem variar. O importante é estar em sintonia com seu médico e priorizar sua saúde ginecológica e seu bem-estar geral.

Você merece cuidados contínuos para ter uma vida saudável e plena. 💪🌼

Dra. Jacqueline Menezes
CRM-SP 176.936
RQE 102.511

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Fertilidade

A preservação de fertilidade em pacientes com câncer é, sim, possível em alguns cenários. Vamos conferir comigo algumas opções?

🔬Congelamento de Óvulos: Mulheres podem optar por fazer a estimulação ovariana para captar e congelar seus óvulos para uso futuro em fertilização in vitro (FIV). No último mês de agosto, inclusive, o STJ anunciou uma nova decisão determinando que os planos de saúde custeiem o congelamento de óvulos para pacientes com câncer como medida preventiva diante do risco de infertilidade.

💊Tratamentos alternativos: Câncer de endométrio pode ocorrer em pacientes jovens em idade fértil que desejam gestar. A depender de uma série de fatores que devem rigorosamente serem “preenchidos”, em alguns casos podemos realizar um tratamento hormonal sem a retirada do útero, até que a paciente constitua sua prole e, após, realize a cirurgia definitiva.

😷 Cirurgias conservadoras: Em alguns casos de tumores de ovário podemos preservar o ovário contralateral (não acometido por tumor) e até mesmo o útero. No câncer de colo de útero, em alguns casos também podemos realizar técnicas cirúrgicas preservadoras, como a traquelectomia radical, mantendo o corpo do útero para uma tentativa de gestação futura.

☢️ Transposição Ovariana: Em pacientes com indicação de radioterapia pélvica, como no câncer de colo do útero localmente avançado, esta técnica pode ser considerada para mover os ovários para fora do campo de radiação e preservar os óvulos e a função hormonal, evitando que a paciente entre na menopausa.

💡Transposição uterina: Você sabia que um cirurgião brasileiro revolucionou a cirurgia oncológica trazendo a possibilidade de gestação em mulheres que serão submetidas à radioterapia pélvica? O Dr. Reitan Ribeiro foi pioneiro no mundo a descrever este procedimento que retira o útero da pelve e, após o término do tratamento, “o coloca de volta” para que a paciente possa tentar engravidar.

Mas atenção, mulheres! Nem todas as opções são adequadas para todos os casos, e discussões multidisciplinares são fundamentais no manejo da preservação de fertilidade em pacientes oncológicas.

Dra. Jacqueline Menezes
CRM-SP 176.936
RQE 102.511